Saber como incentivar a estudar é uma grande preocupação dos pais que anseiam por bons resultados escolares dos filhos. Mas, afinal, como conseguir motivá-los para isso? Eis algumas dicas...
Os pais querem sempre o melhor para os seus filhos. E, por isso, é normal que procurem ferramentas de como incentivar a estudar os seus "mais que tudo".
Afinal, manter uma boa rotina de estudo na escola pode ser uma grande ajuda para futuros desafios profissionais - e até para conseguir organizar melhor a vida pessoal.
Mas a grande dúvida é saber como chegar lá! Como incentivar a estudar crianças e adolescentes que têm tantos estímulos externos para se concentrarem em tudo menos nos manuais escolares?
Para alguns pais já é bastante árdua a tarefa de colocarem os mais pequenos a fazerem os trabalhos de casa todos os dias. Quanto mais incentivá-los a manterem uma rotina regular de estudo!
Como incentivar a estudar depende muito de conhecer a pessoa
O processo de motivação de uma pessoa, seja para o que for, depende sempre das suas características pessoais.
Assim, há estratégias que funcionam melhor com certas personalidades do que com outras. É tudo uma questão de adequação.
Mas, em termos gerais, podemos dividir o processo numa espécie de balança com dois pratos distintos. De um lado, temos tudo aquilo que retira a motivação e o entusiasmo à pessoa enquanto do outro lado está tudo aquilo que a puxa a fazer mais e melhor.
Esses dois "botões" levam a ações distintas inconscientes. Portanto, é preciso saber "tocar" nos pontos certos.
Desse modo, a primeira coisa que há a fazer é identificar estes dois pilares na pessoa que se pretende incentivar a estudar, listando as "chaves" da sua motivação.
Principais pilares da motivação
Contudo, independentemente da pessoa, há alguns fatores "âncora" que podemos associar à motivação e que são os seguintes:
Medo de falhar
Falta de confiança
Cansaço
Concentração.
Medo de falhar
O receio do fracasso é um dos grandes fatores que influencia a motivação dos estudantes. Em alguns casos, esse medo de falhar leva-os a nem sequer tentarem!
A criança pode sentir-se "presa" por esse receio, partindo já derrotada antes sequer de procurar dar o seu melhor.
Nestes casos, é preciso reforçar que cometer erros é normal. Afinal, todos nós falhamos e o que importa mesmo é continuar a tentar melhorar sempre. Isto passa por não dar demasiada importância às "derrotas", aos maus resultados, valorizando antes o esforço entregue ao estudo.
Falta de confiança
Há pessoas que vivem fechadas no seu quadrado de descrença, dizendo o tempo todo "Eu não consigo", "Eu não sei". É preciso ultrapassar essa mentalidade, encorajando o desenvolvimento da autoconfiança.
E estudar é mesmo a melhor forma de crescer e de mudar esse pensamento. Trata-se de passar de "Eu não percebo nada de Inglês" para "Se eu estudar mais, vou melhorar o meu Inglês".
Definir metas e pequenos objetivos alcançáveis é uma boa forma de ir reforçando a confiança. Pode ser, por exemplo, passar de negativa a positiva a uma dada cadeira mais difícil, procurando ir melhorando a nota à medida do estudo.
Em alguns casos, pode valer a pena investir em explicações, pois será ótimo para perceber a matéria e também para ganhar mais confiança.
Cansaço
Quando temos maus resultados na escola, a tendência é ficarmos desmotivados, sem vontade de pensar sequer nos livros. Esse sentimento reflete-se até em termos físicos, com uma sensação de cansaço e de falta de vontade para tudo o que esteja relacionado com a escola.
Neste sentido, é preciso também fomentar a boa saúde física. Passear e fazer desporto são ótimas formas de recuperar aquela energia extra que é necessária para os estudos.
Além disso, é necessário manter rotinas de sono saudáveis, uma boa alimentação e beber muita água. E é preciso não descurar a saúde mental. Por isso, aprenda a ouvir para entender as preocupações e receios do seu filho.
Concentração
Telemóveis, redes sociais, Netflix, videojogos... Há um sem fim de distrações que tiram a vontade de enfiar a cabeça nos manuais escolares. No meio deste manancial todo de diversões, como incentivar a estudar?
A resposta para este problema é óbvia: livre-se das distrações. Sei que é mais fácil de dizer do que de fazer!
Uma boa forma de o tentar é estipulando horários para o estudo, definindo um local adequado, propício à concentração, longe das tais distrações.
Além disso, também pode definir um horário específico para essas distrações, determinando quando é que o seu filho vai jogar consola ou ver aquela série de que gosta na televisão.
6 Dicas de como incentivar a estudar
Depois desta pré-análise, podemos, então, procurar estratégias mais concretas de como incentivar a estudar.
Estes truques devem ir ao encontro das "âncoras" que definimos antes, no sentido de conseguir pressionar os "botões" certos para conseguirmos o desfecho pretendido.
Assim, vamos indicar-lhe seis dicas essenciais para despertar no seu filho a onda de motivação necessária para se aplicar mais nos estudos.
1. A recompensa certa
O recurso a uma boa recompensa é o truque mais velho do mundo! Mas a verdade é que continua a funcionar, sobretudo com estudantes pouco motivados só pela ideia em si de ter bons resultados académicos.
Podem ser os tradicionais doces ou comida pouco saudável, ou tempo na consola de jogos... Tudo pode valer, conforme os princípios dos pais e os principais interesses das crianças.
Da mesma forma, também podem ser usados "castigos", por exemplo, ficar sem a consola por um determinado período.
Contudo, veja que esta alternativa pode acabar por esgotar-se em si, pois, na realidade, a criança encontra uma falsa motivação para estudar. Portanto, será boa ideia apenas como solução imediata ou de curto termo.
2. Incentivar a competitividade
Outra boa medida para o imediato é o espicaçar da competitividade, por exemplo, para conseguir melhores notas do que aquele coleguinha chato que cai nas graças de todos os professores.
Esse incentivo tem um lado negativo de comparação e, por isso, nunca é a melhor ideia de como incentivar para estudar a longo prazo. Mas, para um teste mais difícil, ou para uma disciplina especialmente desagradável, pode ser um bom recurso.
Contudo, nunca exagere neste incentivo à competitividade, pois arrisca minar a confiança do seu filho.
A melhor forma de incentivar a competitividade passa por levar o seu filho a ultrapassar-se a si próprio, no sentido de obter sempre notas mais altas do que as anteriores. Essa "cenoura" no caminho será um ótimo incentivo para o resto da sua vida.
3. Preparar um local adequado
Já referimos que o local de estudo pode ser decisivo para evitar distrações. Assim, invista na preparação deste espaço, até para conseguir colocar o seu filho no estado de espírito certo que é exigido.
É importante ter uma secretária com espaço para cadernos e outros materiais que sejam necessários, assim como uma estante de livros bem organizada. Boa iluminação, silêncio e uma cadeira adequada são igualmente essenciais.
4. Manter rotinas
A rotina é uma palavra que tem, habitualmente, uma conotação negativa. Contudo, pode ser uma aliada fundamental para manter o hábito de estudar a longo prazo.
Desenvolver rotinas, por exemplo, com um horário específico, é importante para tornar o estudo em algo automático. Mesmo que não haja muita vontade, já se sabe que aquela hora do dia é para estudar!
Assim, definir rotinas é um excelente elemento de organização. E também pode passar por definir pausas e tempo para atividades de lazer no cronograma de estudo.
5. Mostrar o progresso conseguido
Ter noção do progresso que se está a fazer, confirmando as melhorias conseguidas, é um ótimo estímulo para continuar. Assim, alimente essa motivação, mostrando claramente os bons resultados obtidos.
Nesse sentido, é preciso definir metas ou marcos a alcançar, fragmentando as grandes tarefas em pequenos passos alcançáveis. Deste modo, será possível ir assinalando as conquistas.
Veja que não se trata apenas de celebrar as boas notas, mas de registar os pequenos progressos com fichas e listas de verificações, por exemplo. E no caso dos mais pequenos, usar estrelas douradas, ou outro tipo de "medalhas", pode ser uma boa forma de continuar a incentivar o estudo.
6. Saber explicar o porquê
Há aquela idade dos "porquês" por que todos os miúdos passam que pode ser uma grande chatice para os pais! Nem sempre é fácil explicar as dúvidas dos mais pequenos. Mas, neste caso, é importante conseguir explicar de forma clara porque é que vale a pena empenhar-se a estudar.
Entender claramente qual vai ser o benefício obtido com o esforço pode ajudar na concentração e no foco. Trata-se de transformar algo que parece forçado numa missão, ou em ambição para atingir um objetivo óbvio e valorizado.
Resumindo, como incentivar a estudar...
Não há fórmulas secretas, nem uma equação mágica para este propósito. Afinal, as pessoas são tudo menos matemática. Mas se seguir estas estratégias de como incentivar a estudar, poderá conseguir mexer naqueles "botões" decisivos que fazem toda a diferença.
No fim de contas, o que interessa, contudo, é ser flexível para saber entender o que resulta melhor para cada caso. Estudar nem sempre é divertido, mas a tarefa pode ser menos enfadonha com os estímulos certos!