A cinoterapia, ou terapia canina, é uma forma de terapia auxiliar que usa cães para ajudar pacientes. Os nossos amigos de quatro patas ajudam em tratamentos terapêuticos, mostrando resultados ótimos na recuperação de vários pacientes, com doenças variadas.
Usada como auxiliar de tratamentos médicos, fisioterapêuticos e psicoterapêuticos, a cinoterapia tem ajudado pacientes de hospitais, crianças e pessoas com doenças mentais, assim como idosos em instituições de longa permanência.
Além de um aumento da felicidade, diminuição da ansiedade e depressão, esta terapia tem efeitos benéficos em várias funções vitais, como a pressão arterial e a frequência cardíaca.
O que é cinoterapia?
A cinoterapia, também chamada Terapia Facilitada por Cães (TFC), é uma terapia feita com cães, usada como complementar a tratamentos médicos, fisioterapia, psicoterapia e terapia ocupacional.
Apesar de ter sido adotada na Europa desde o século XVIII, ganhou maior espaço no século XX como complemento a vários tratamentos médicos.
Os cães usados na cinoterapia são adestrados e treinados para atuarem como terapeutas. Embora o cão nunca possa ser deixado sozinho com o paciente, a TFC não precisa de ser conduzida por um profissional da área, como acontece com a Terapia Assistida por Animais (TAA).
Como funciona a terapia com cães?
A terapia com cães é usada como complemento de outros tratamentos (médico, psicológico, terapias da fala e ocupacional, entre outros). É, portanto, uma forma de TAA.
Geralmente, o dono do cão costuma atuar como terapeuta ou desenvolver atividades nas áreas da medicina ou da educação, e acompanha o animal a hospitais, clínicas, lares, escolas, consultórios de educação especial, entre outros espaços em que seja necessária a presença dos cães terapeutas.
Existem cães de terapia ativos e reativos. Os ativos estimulam os pacientes a desempenharem algumas ações, como brincar, por exemplo. Já os reativos observam e esperam pela iniciativa dos pacientes, reagindo às suas sensibilidades.
Benefícios da cinoterapia
A terapia com cães pode trazer vários benefícios aos pacientes. Um cão terapeuta consegue ajudar a regular funções vitais e índices do corpo com somente 15 minutos de contacto com um paciente. Revelam-se melhorias em:
Níveis de colesterol;
Frequência cardíaca;
Níveis dos triglicerídeos;
Stress e ansiedade;
Depressão.
O contacto com os cães terapeutas faz aumentar os níveis das hormonas responsáveis pelo prazer e felicidade. Nesse sentido, os níveis de ansiedade e stress são reduzidos. Também em casos de depressão tem tido resultados benéficos.
Pacientes que estão a fazer cinoterapia apresentam melhorias, igualmente, na comunicação, socialização, concentração, memória, autoestima e na afetividade.
Além destes benefícios, aqueles que estão a fazer cinoterapia apresentam um maior fortalecimento da estabilidade emocional, diminuição da agressividade e dos medos.
Também é possível notar-se melhorias nos:
Problemas de equilíbrio;
Disfunções cognitivas;
Perceção corporal e sensorial;
Capacidade motora;
Capacidade linguística;
Atenção;
Sentido de responsabilidade.
O que faz um cão terapeuta?
O cão terapeuta visita os pacientes no hospital, creche, lar de idosos, ou noutras instituições em que os doentes possam estar. O “trabalho” dos cães terapeutas é fazer companhia. No entanto, estes têm de ser treinados e adestrados para que tolerem carinhos mais vigorosos, caminhem ao lado dos pacientes, entre outras funções.
A grande diferença entre o cão terapeuta e o cão-guia é que o primeiro não tem um “trabalho 24 horas”. Ele faz a visita aos pacientes, ajuda-os e volta para a sua vida normal.
É importante que o cão terapeuta seja calmo, capaz de lidar com momentos stressantes. Também deve interagir bem com pessoas das diferentes idades, desde crianças a idosos, assim como com outros animais.
Pela personalidade que requer, o cão terapeuta deve ser treinado (idealmente), desde filhote, embora só em adultos comecem a atuar em cinoterapia.
A quem é indicada a cinoterapia?
A terapia canina pode trazer excelentes resultados a pacientes com doenças crónicas e mentais. Esta está indicada como um tratamento complementar em casos de:
Cancro;
Autismo;
Esquizofrenia;
Crianças com deficiências de aprendizagem (hiperatividade e défice de atenção, por exemplo);
Ansiedade e depressão;
Transtornos sociais.
Se considera que a terapia canina lhe traria benefícios, fale com o seu médico ou terapeuta para que a incluam no seu plano de tratamento, caso tenha a aprovação do profissional de saúde.
