Precisa de apoio para obras em casa de idosos, nomeadamente para melhorar as acessibilidades? Vai poder contar com um auxílio a fundo perdido do Governo, como anunciou a ministra da Segurança Social, Ana Mendes Godinho.
A governante revelou aos jornalistas que o Governo pretende lançar "um programa de reconversão de pequenas obras de adaptação, para que as pessoas mais velhas não tenham de sair das suas casas apenas porque não têm capacidade de responder às suas necessidades, resultantes da idade".
Estas declarações foram recolhidas pelo Jornal de Notícias (JN) durante uma cerimónia pública em que Ana Mendes Godinho assinou três contratos de apoio financeiro, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), para o desenvolvimento de respostas sociais inovadoras.
O anúncio oficial quanto a este apoio para fazer obras em casa de pessoas idosas será lançado até fevereiro próximo. E só nessa altura se ficarão a conhecer os valores envolvidos.
Para já, a ministra prometeu que serão "investimentos a fundo perdido" com o objetivo de garantir que os idosos "não tenham de sair das suas casas e das suas terras". "É um combate à desertificação", frisou ainda Ana Mendes Godinho.
Este apoio a fundo perdido vai permitir melhorias nas casas de banho, mas também em outras zonas das residências dos idosos, designadamente para facilitar a acessibilidade para pessoas que já estejam com a mobilidade reduzida devido ao envelhecimento.
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A ministra ainda garantiu que serão anunciadas novas respostas de apoio domiciliário.
Tanto as obras como estas respostas domiciliárias serão asseguradas por entidades do sector social "em função das necessidades reais de cada uma das pessoas", realçou Ana Mendes Godinho.
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Habitação colaborativa para adiar entrada em lares
Estes anúncios da ministra da Segurança Social foram feitos em Leiria, durante a assinatura de acordos com a Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Vila da Ericeira, a Cercicaper, de Castanheira de Pera, a Casa do Povo de Óbidos e com o Lar da Felicidade – Associação de Solidariedade Social (Meirinhas), em Pombal.
Estes acordos destinam-se a obter o financiamento do PRR para a construção de "166 lugares em Habitação Colaborativa" para famílias, idosos e pessoas com incapacidades em situação de vulnerabilidade social, segundo refere o Ministério da Segurança Social em comunicado.
Trata-se de um "investimento total superior a 5,2 milhões de euros", de acordo com a mesma fonte, que envolve os concelhos de Castanheira de Pera, Lousã, Mafra, Óbidos e Pombal.
A ideia é construir "unidades habitacionais independentes" para promover a "convivência e partilha de interesses", "a interação social, intergeracionalidade e inclusão social dos seus residentes e a entreajuda e espírito de comunidade", nota o comunicado citado pela Rádio Renascença.
Além disso, estas respostas também se destinam a "proporcionar segurança, conforto e independência a todos os residentes, complementando a oferta com uma gama variada de atividades sociais e culturais", bem como a "potenciar um ambiente seguro, confortável, acessível e humanizado".
A meta é também adiar o mais possível a entrada destas pessoas em lares de idosos ou em outros espaços residenciais coletivos.
